O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que o auxílio emergencial, benefício
destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais,
autônomos e desempregados, do Governo Federal poderá ser prorrogado por mais
três meses.
A declaração foi dada em videoconferência promovida pela
Comissão Mista criada pelo Congresso Nacional para discutir os impactos do novo
coronavírus na economia brasileira.
Rodrigues representou
o ministro Paulo Guedes na reunião.
O Ministério da Economia chegou a sugerir a continuidade do
benefício por mais três meses, mas em valores menores dos atuais. A pasta
propõe a concessão de R$ 600, divididos em três parcelas de R$ 200.
“O auxílio emergencial será prolongado, muito provavelmente sim, mas
com outro perfil, outro formato. É um programa valiosíssimo e de alta
efetividade, mas é também um programa caro”, defendeu.
Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), até 11 de maio,
50,5 milhões de brasileiros foram contemplados com o auxílio de R$ 600. O
governo federal já desembolsou, até o momento, R$ 35,5 bilhões para a concessão
do benefício. Ao todo, o programa é estimado em R$ 152,6 bilhões.
Waldery Rodrigues
disse que, mesmo em meio à uma situação de emergência, os gastos federais têm
que ser prudentes. De acordo com ele, o poder público precisa pensar a longo
prazo nos impactos das despesas que cria.
“Tem que ser um jogo em que todos possamos ter condições de combater o
coronavírus. Mas existe um pós coronavírus... Por mais grave que seja essa
crise, ela tem início, meio e, por isso, temos que nos preparar para momentos à
frente.”
RESPONSABILIDADE
O relator da comissão, deputado
federal Francisco Jr. (PSD-GO), defendeu a aplicação de recursos, por parte
do governo federal, de uma forma mais “eficiente”
e que não prejudique as contas públicas após o fim da pandemia.
“Hoje, temos dificuldade para gastar e gastar bem é o maior desafio”,
disse o parlamentar.
Fonte/Foto/Imagem: Agência do Rádio |Paulo Oliveira
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