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RECITA – Uma avaliação de primeiro ano – Por Júlio Carneiro

RECITA
Uma avaliação de primeiro ano
*Júlio Carneiro
 
O nosso “standing together”¹ pelas cidades
 
Amigos, ao ler o manifesto do Standing Together, movimento progressista israelense²que congrega palestinos e judeus, entre outros; e que acredita que é possível um caminho de paz e de união por meio dos esforços comuns para solucionar os problemas do dia a dia que atingem a sociedade dividida, empobrecida e infeliz daquela região; senti uma certa proximidade.
 
Guardadas as proporções, refleti que nossas cidades vivem algo semelhante, sobretudo quando se deixa dominar pelo sentimento de impotência, ressentimento contra as pessoas ou o poder público, e descrédito com o processo democrático, resvalando quase sempre para uma atitude de reclamação estéril, de desobediência civil e de insatisfação e inércia.Resultando, no final, a desesperança na própria capacidade transformadora e na busca de soluções comuns para os problemas cotidianos.
 
A Rede Cidadã de Taguatinga (RECITA) propôs, desde o início, uma abordagem realista e prática para criar um movimento de esperança e apresentar uma proposta de reconstrução do sentimento de comunidade e pertencimento. Na constituição da Rede, destacou-se a necessidade de oferecer soluções que demandassem a participação ativa do cidadão, promovendo o “mão na massa” na busca da solução de problemas locais específicos, gerando assim uma mudança política e econômica mais ampla, em prol da cidade mais fraterna e justa.
 
Nesta etapa inicial do primeiro ano da RECITA, optou-se pela presença e participação em espaços comunitários, nos conselhos e atividades de construção das políticas públicas, nos projetos de extensão acadêmica e nos diálogos dentro da comunidade e entre essa e o poder público. Sempre que possível, apresentou-se como Rede aberta ao diálogo para contribuir na composição de uma agenda pública que leve em consideração a solução dos desafios da coletividade e a sua coesão.
 
Para isso, a RECITA comprometeu-se a representar não apenas uma parte da sociedade, mas todas as pessoas que vivem na cidade, independentemente de gênero, religião, profissão, grupo social ou posição política partidária. Destacou-se, assim, a diversidade da sociedade, ao mesmo tempo em que se buscou superar as divisões. Almejou-se, conforme o Estatuto, a substituir a retórica das narrativas e as práticas de divisão, desconfiança e indiferença por um processo dialogal, cooperativo e inclusivo.
 
Enfatizou-se a importância de respeitar as diferentes identidades e pensamentos políticos para garantir a expansão em rede aberta, organizada e colaborativa com os vários coletivos e organizações já existentes que atuam para o bem da cidade e de sua população, sobretudo a mais vulnerável e sem voz.
E assim buscou-se gerar a tão esperada mudança em direção a um “caminhar e permanecer unidos” que sirva ao bem de todos e ao mundo mais unido e fraterno.
(Júlio Carneiro, novembro de 2023)
 
[1] A tradução livre de “standing together” poderia ser: “permanecer unidos”.
2 https://www.standing-together.org/en





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