Na Audiência Pública,
presidida pelo Deputado Distrital Fábio Felix e provocada pela ativista pelo
direito das mulheres, Lúcia Bessa, realizada no dia 24 de março, na
UniProjeção, em Taguatinga, foram debatidos os encaminhamentos do poder
público, baseados nas mais de 80 recomendações do relatório da CPI do
Feminicídio, concluído em maio de 2021, com o objetivo de mitigar o grave
quadro de violência contra as Mulheres, de modo especial, os feminicídios.
Em 17 de setembro de 2019, provocada por familiares de vítimas de feminicídios e movimentos de mulheres e feministas, a Câmara Legislativa do DF, através da Deputada Arlete Sampaio e do Deputado Fabio Felix, apresentou um requerimento para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a atuação do Poder Público nos casos de feminicídios tentados e consumados, entre os anos de 2019 e 2020, no Distrito Federal.
O grande número de violência, em especial o feminicídio, ocorrido nestes anos, justificou a instauração da referida CPI.
Após longos 11 meses de trabalho, que envolveu reuniões, audiências e diligências na rede de atendimento; além de sete audiências públicas com participação de movimentos da sociedade civil, veio o diagnóstico:
O ESTADO FALHOU EM
AMPARAR AS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, O QUE CULMINOU NOS
FEMINICÍDIOS!
- Os órgãos suscitados, quais sejam: integrantes dos poderes: executivo, legislativo e judiciário, responderam ás recomendações emanadas, e, se sim, quais foram as respostas?
- Estas medidas propostas foram aceitas e implementadas e, se Sim, elas são robustas e hábeis para conter a violência contra as Mulheres do DF?
Em sua fala inicial, o deputado Fábio Felix, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, relator da CPI, avaliou que as recomendações não estão sendo seguidas de forma adequada:
A gente não tem conseguido avançar no sentido de construção de política pública capaz de promover a prevenção, que é o fundamental.FÁBIO FELIX
Deputado Distrital
Cada uma e cada um de nós temos que assumir a responsabilidade de sermos agentes transformadores dessa sociedade que vitimiza mulheres e meninas todos os dias.LÚCIA BESSA
O que nós exigimos é viver livres de toda a violência, de toda opressão, de toda discriminação, de todo racismo, de toda lesbofobia, de toda transfobia, e que vivamos plenamente.
Advogada e ativista pelo direito das mulheres
O governo Ibaneis consegue ser um compilado de desserviços, de incompetência mesmo no que se refere a nossas vidas.
Nós precisamos de um orçamento de gênero para poder ter um enfrentamento ao feminicídio consequente.
Cíntia criticou, porém, a falta de servidores; a não implantação do protocolo unificado para o atendimento das mulheres, principalmente na Saúde; a falta de pessoal na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher e atraso na inauguração de nova unidade, preferencialmente em Planaltina; e o não funcionamento, há quatro meses, do Conselho dos Direitos da Mulher.
É um trabalho imenso. Mas é importante frisar que sistema de justiça como um todo tem se mostrado eficiente.
O importante é que a gente pare essa escalada da violência para que não chegue ao ato final do feminicídio.
Nós estudamos todos os casos de feminicídio consumados e tentados desde março de 2015 até hoje. Temos isso tudo mapeado. Desse mapeamento a gente conseguiu tirar vários insights para a construção de políticas públicas mais eficientes.
Como encaminhamento, Fabio Felix, criticou a AUSÊNCIA de representante da Secretaria de Educação na audiência e defendeu um cronograma de reuniões de trabalho com todas as pastas envolvidas no atendimento às mulheres, incluindo as áreas técnicas e de gestão, iniciando pela Secretaria da Mulher.
Continuamos atentas e
vigilantes!
Continuamos denunciando as violações de direito á vida de todas as
mulheres!
Porque, o que
queremos é VIVER!
O que exigimos é
VIVERMOS LIVRES DE TODA VIOLÊNCIA E OPRESSÃO!
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