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BANCOS DE LEITE DO DF - Desenvolvimento da criança na primeira infância reflete na vida adulta

O período inicial da existência de um ser humano, a chamada primeira infância, tem impactos profundos no futuro.
Estudos apontam a relação entre a diminuição de chances de uma criança desenvolver certas doenças na fase adulta, caso ela tenha sido amamentada nos primeiros seis meses de vida.
 
Hoje a gente sabe que a criança que é amamentada tem menos riscos de ter diabetes e hipertensão, doenças crônicas que vão sobrecarregar o serviço de saúde depois.
MIRIAM SANTOS,
Pediatra e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF.
 
Por esse motivo, a médica diz que é importante disseminar o conhecimento em torno do tema:
A gente precisa trabalhar essa conscientização da importância do aleitamento materno


 
 O leite materno é considerado o padrão ouro da alimentação infantil devido à quantidade de nutrientes e fatores de defesa e de desenvolvimento cerebral que são passados para o bebê.
“É o melhor alimento que a criança pode receber”, acrescenta Miriam Santos.
O aleitamento deve ser exclusivo nos seis primeiros meses de vida e complementado até os 2 anos.
Os bancos de leite do Distrito Federal têm como função apoiar, promover e proteger o aleitamento materno, auxiliando e organizando a coleta e dando orientação às mães e às doadoras. O leite que chega até as unidades é separado, testado e pasteurizado antes de ser encaminhado para os bebês, num controle rigoroso de qualidade.
 
De janeiro até outubro, o DF coletou 16.254 litros de leite humano doado por 5.627 mulheres e que atenderam 11.574 crianças.
O volume ainda é insuficiente para atender qualquer criança que necessite.
Hoje a gente não tem ainda quantidade de leite para oferecer para qualquer bebê. Por isso é importante conscientizar as mulheres que elas podem ser solidárias com outras crianças.
MIRIAM SANTOS,
Pediatra e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF.
 
De acordo com a pediatra, um pote de 300ml é capaz de alimentar até 10 bebês.
 
ORIENTAÇÕES
Além das coletas, os bancos têm o papel de informar e acompanhar mãe e bebê no processo de amamentação após a alta do hospital.
Às vezes, por causa da palavra ‘banco’, as pessoas pensam que é um lugar para depositar e retirar leite. Mas a principal função é ser uma casa de apoio à amamentação, para apoiar as mulheres nessa decisão.
MIRIAM SANTOS,
Pediatra e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF.
 
Também é no banco de leite que as mães são orientadas, por exemplo, sobre os riscos da amamentação cruzada [quando uma mãe amamenta o filho de outra mulher], prática contraindicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Não aconselhamos porque existem doenças infecto-contagiosas que podem passar pelo leite humano para o bebê.
MIRIAM SANTOS,
Pediatra e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF.
 
 


DOAÇÃO
Toda mulher que amamenta é uma potencial doadora de leite humano. Para doar, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. A avaliação de saúde pode ser feita no próprio banco de leite.
Para doar também é possível fazer o cadastro no Disque Saúde 160 ou no site e no aplicativo Amamenta Brasília.
 
O leite para doação deve ser armazenado em um frasco de vidro com tampa plástica do tipo maionese ou café solúvel. Antes da inclusão do líquido, o pote precisa ser fervido em água por 15 minutos.
Recomenda-se o uso de touca e lenço para cobrir os cabelos e fralda de pano ou máscara para cobrir nariz e boca durante o processo de coleta. As mãos e os braços devem ser higienizados com água e sabão, já a mama apenas com água.
Os frascos devem conter na tampa data e hora da coleta e precisam ser guardados imediatamente em freezer ou congelador, onde podem ficar por até 10 dias.
A coleta é feita pelo Corpo de Bombeiros, que tem uma parceria com a Secretaria de Saúde do DF. 

 
CRIANÇA FELIZ BRASILIENSE
A primeira infância é o foco do programa  iniciado em 2019 no Distrito Federal. A proposta é estimular o desenvolvimento da criança e fortalecer os vínculos familiares. O público-alvo são gestantes e crianças de 0 a 3 anos do Cadastro Único, e crianças até 6 anos beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Nos primeiros anos de vida, a criança está na janela de oportunidades. É o momento mais importante da vida do ser humano. O retorno do investimento na primeira infância repercute na vida adulta.
VERÔNICA OLIVEIRA
coordenadora do Programa Criança Feliz Brasiliense.
 
O programa se desdobra em dois formatos: visita domiciliar e articulação intersetorial. São atendidas famílias que manifestam o interesse ou que são encaminhadas pelos serviços de assistência social do DF. O objetivo é acompanhar as demandas que afetam a condição de vida da família, como insegurança alimentar e financeira:
Temos um profissional, capacitado por nós, que vai até as casas para ouvir a família e sugerir caminhos e atividades para desenvolver a criança e o vínculo familiar.
VERÔNICA OLIVEIRA
coordenadora do Programa Criança Feliz Brasiliense
 
O segundo passo é o trabalho conjunto entre as instâncias com os Núcleos Intersetoriais da Primeira Infância existentes em todas as regiões administrativas do programa, com profissionais da assistência social, educação, saúde e conselho tutelar.
Atualmente, o programa atende 16 regiões. São elas: Samambaia, Santa Maria, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Estrutural, Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Gama, Itapoã, Varjão, Brazlândia, Fercal, Sobradinho e Planaltina. Foram atendidas 1.600 crianças em 2020 e a expectativa é de 3.200 em 2021.
O programa funciona com acompanhamento contínuo. As gestantes têm visitas todo mês. Famílias com crianças de 0 a 3 anos recebem os visitadores uma vez por semana. Enquanto no caso de crianças de 4 a 6 anos, elas ocorrem de 15 em 15 dias.


 
*Com informações da Agência Brasília
Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

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