Em meio à pandemia do novo coronavírus, o ano de 2020
abalou os pequenos e médios negócios em Brasília.
Muitos quebraram, outros lucraram e vários se
reinventaram para sobreviver.
Setor de vestuário foi um dos que registraram
crescimento.
Foi nessa tentativa de buscar
novos modelos de serviço e atendimento que o GDF, por meio da Junta Comercial
do DF, registrou um dado importante: mesmo na crise, o número de empresas
abertas no DF foi mais de três vezes maior do que o de estabelecimentos
fechados.
Ao longo do ano passado,
62.064 empresas foram registradas no Distrito Federal, enquanto
apenas 20.063 oficializaram o encerramento das atividades.
Os setores que mais abriram
foram o comércio varejista de vestuário e acessórios, a promoção de vendas e,
principalmente, o fornecimento de alimentos para consumo em casa. O comércio de
roupas e os restaurantes e similares, por sua vez, não resistiram e
apresentaram baixas.
Atento às medidas de
prevenção contra o contágio do novo coronavírus, à geração de empregos e à sobrevivência
do comércio, o GDF criou incentivos, com abertura de linhas de crédito junto ao
Banco de Brasília (BRB), e proporcionou uma segurança jurídica para que
as empresas se mantivessem de pé, evitando demissões e estimulando
contratações.
Presidente da Junta Comercial do DF, Walid Sariedine avalia que, num primeiro momento, com as medidas de
restrição ao funcionamento do comércio em Brasília, a reação foi de fechamento
de negócios e demissões. Essas pessoas que ficaram sem emprego, porém, precisaram
se reinventar para manter o sustento em meio à crise, o que fez com que novos
negócios, principalmente de microempreendedores individuais (MEIs), surgissem.
Nichos como o de e-commerce, com vendas
on-line, e de delivery, com o fornecimento de alimentos para entrega,
cresceram, inclusive sendo executados por quem já os fazia como empregado e
passou a ser o próprio patrão
WALID SARIEDINE
Presidente da Junta Comercial
do DF
O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do
DF, Marco Aurélio Gomes de Sá, percebeu entre seus clientes um crescimento
de novas empresas no ramo de prestação de serviços, como advocacia,
arquitetura e tecnologia. Quem se reinventou, analisa ele, conseguiu minimizar
o impacto da crise.
Percebemos o despertar das pessoas em se
adaptar e fazer algo melhor para gerar renda e movimentar a economia
MARCO AURÉLIO GOMES DE SÁ
presidente do Sindicato
das Empresas de Serviços Contábeis do DF
*Com informações da Agência Brasília
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