Dias atrás, um homem entra em
uma sorveteria em Campinas-SP e a moça que o atendia pede para ele colocar a
máscara, pois essa era a norma sanitária.
O homem reage com um ataque
de fúria ... e tudo é registrado em um vídeo que logo depois viraliza.
Temo-nos descoberto um povo violento e arrogante em relação a quem erradamente julgamos ser menos. As pessoas arrotam uma formação acadêmica superior, a riqueza material, um cargo público elevado ou a cor da pele para despejar o famigerado: sabe com quem vc está falando?
Reconhecer o outro diferente de mim, mas no mesmo plano é quase uma ascese espiritual, mas não foi menos do que isso que o Jesus histórico fez. Várias linhas científicas e culturais também chegaram a essa verdade, definida em parte pela alteridade e, na prática, traduzida em direitos humanos.
O outro é também um cidadão de bem, ele possui dignidade de um ser humano e independente de quem seja, nada o faz menor ou maior. Essas afirmações que parecem ser facilmente compreendidas encontram muita resistência, ainda.
“Só serve para dar regalias a bandidos, vagabundos e não a cidadãos de bem!” Esses podem ser os enunciados de ideologias que estão por trás desses atos de intolerância.
A ideologia começa por eliminar os diferentes, mas termina eliminando também os iguais.
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