A força-tarefa
mobilizou mais de 100 servidores de diferentes órgãos como a Secretaria de
Governo, o DF Legal, Corpo de Bombeiros, polícias Civil e Militar e
Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), além dos funcionários das administrações
regionais das quatro cidades.
Em todos os dias da
semana que se encerra o GDF distribuiu máscaras nessas cidades, uma média de 5
mil por dia.
Atendendo orientação do governador Ibaneis Rocha, o Governo do Distrito Federal realizou uma
grande operação para conscientizar a população em relação às medidas protetivas
contra a infecção do coronavírus, em especial o uso da máscara facial, e de
fiscalização ao funcionamento do comércio.
A ação se concentrou em quatro cidades onde os casos
confirmados de Covid-19avançam
e recebem mais atenção do governo: Ceilândia,
Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia e Estrutural.
Ao todo, 40 mil
máscaras de tecido foram distribuídas para a população dessas cidades.
De acordo com o secretário
do DF Legal, Gutemberg Tosatte Gomes, os servidores do órgão fazem
fiscalizações diárias no DF com um caráter educativo. Mas, neste domingo, a
orientação era fechar estabelecimentos comerciais que fossem flagrados em funcionamento
sem autorização.
“A obediência às regras vai muito além de fazer cumprir uma legislação.
Trata-se de preservar vidas”, ressaltou.
CEILÂNDIA
A cidade registra 955 casos e lidera a lista com o maior número de contaminados por
coronavírus. Lá, a equipe começou o trabalho pelos arredores da Feira Central,
região que concentra uma grande circulação de pessoas.
Havia uma fila de moradores na porta da feira, que tem o
acesso controlado. Mas o desrespeito às regras acontecia do lado de fora, com a
venda de frutas por dezenas de vendedores ambulantes, o que é proibido.
AGLOMERAÇÃO
Os fiscais conversaram com os ambulantes e pediram que eles
recolhessem as mercadorias e deixassem o local.
Até o fim da manhã, no entanto, os agentes do DF Legal
apreenderam os produtos de cinco vendedores que ignoraram os pedidos e
retornavam ao local, depois de simular uma retirada. No Sol Nascente/Pôr do
Sol, uma partida de futebol em um campo sintético foi interrompida, uma
aglomeração em uma pista de skate foi dispersada e um bar, aberto com uma mesa
de sinuca funcionando, foi interditado.
O administrador de
Ceilândia, Marcelo Piauí, lamentou que a população ainda resista às medidas
sanitárias para a prevenção da Covid-19.
“Nossa cidade é a maior região administrativa do DF. É uma cidade
grande e as pessoas gostam de ir para a rua, conversar, ir à feira, é cultura.
Mas esse não é o momento de sair de casa e é isso que eu tenho dito”,
enfatizou.
SOL NASCENTE
Administrador do Sol
Nascente/Pôr do Sol, Goudim Carneiro também argumentou que manter as
medidas de proteção na cidade, principalmente o distanciamento, muitas vezes é
um desafio.
“Temos lotes aqui onde moram 20 pessoas, residências com dez pessoas. O
tratamento aqui tem que ser diferenciado”, defendeu.
SAMAMBAIA
Em Samambaia, onde há 610 casos da doença confirmados, as
equipes do DF Legal dispersaram uma aglomeração de cerca de 200 pessoas na
Feira do Rolo e retiraram ambulantes na Feira da QR 313.
Na Quadra 506, um quiosque com 12 pessoas que jogavam
baralho, com direito a apostas, acabou fechado.
Em frente ao Supermercado Supercei, em Samambaia Sul, a
operação do GDF concentrou-se na distribuição de máscaras de tecido
confeccionadas pela Fábrica Social. Servidores da administração chamavam a
população para pegar o equipamento, principalmente pessoas que usavam máscaras
mais frágeis, e lembravam que não usar a máscara em locais públicos pode
resultar em multa de R$ 2 mil.
“Aqui em Samambaia infelizmente tem crescido o número de casos da
Covid-19. Muita gente ainda anda sem máscara e muitos falam que não têm
condições de comprar”, completou o administrador
regional Gustavo Aires.
ESTRUTURAL
A Estrutural lidera os testes positivos feitos pela
Secretaria de Saúde nas regiões mais vulneráveis do Distrito Federal –
foram 403 registros positivos nos oito dias de Testagem Itinerante. O administrador da cidade, Gustavo Cunha de
Souza, defendeu que é preciso conter as infecções para manter o comércio
aberto e reabrir outras atividades econômicas.
“As pessoas têm que fazer a parte delas.”
Fonte: Agência Brasília
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