O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria do
Meio Ambiente (Sema), deu o primeiro passo para a recuperação da área do antigo
Lixão da Estrutural.
Trata-se da contratação de consultoria para elaborar
diagnóstico de contaminação e proposta de remediação da área.
O estudo foi
apresentado no Salão Nobre do Palácio do Buriti, e será conduzido pela Fundação
de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) com especialistas da
Universidade de Brasília (UnB).
O prazo de execução é de 12 meses, com orçamento de R$ 1, 3
milhões.
Para o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, os estudos
representam uma vitória para o GDF.
Esses estudos darão subsídio para a elaboração do termo de
referência para o Projeto de Recuperação da Área Degradada (Prad),
responsabilidade do Brasília Ambiental.
Sarney Filho informou ainda que os recursos externos para
realização do trabalho foram obtidos por meio de cooperação técnica entre o
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Centro de Gestão e
Estudos Estratégicos (CGEE), o Governo do Distrito Federal (representado pela
Sema) e o Projeto CITinova – Promovendo Cidades Sustentáveis no Brasil, do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI).
RESÍDUOS
O acúmulo de resíduos, durante o período entre 50 e 60 anos
em que o lixão operou, gerou impactos sobre os corpos hídricos que convergem
para o Lago Paranoá. Foram cerca de 40 milhões de toneladas despejadas no
local, em processo de deposição irregular de rejeitos em área de 200 hectares
localizada na divisa com o Parque Nacional de Brasília.
De acordo com o coordenador técnico do projeto, o professor da UnB Eloi Guimarães Campos,
as ações vão se concentrar no tratamento do chorume; na fitorremediação com
plantio de especies nativas e exóticas, que possam reter metais identificados
no solo; e no enclausuramenteo do chorume para evitar que continue se
espalhando, além do uso dos dados na elaboração do Prad.
“Queremos responder perguntas ainda sem respostas, como a rota que o
chorume tem feito e como tratá-lo de uma forma economicamente viável”,
sublinhou o professor.
Os estudos, segundo explicou o coordenador, terão dois
enfoques a ser conduzidos ao longo do trabalho: o diagnóstico e os testes-pilotos
para a apresentação de propostas ao GDF, de tecnologias mais adequadas para o
efetivo controle da contaminação e remediação dos danos causados.
“CHAGA”
Para o diretor-adjunto
do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gustavo Souto Maior, o Lixão da Estrutural
constitui “uma chaga na história de Brasília”, de forma que traz um
enorme ganho para a cidade o início dos trabalhos com vistas à remediação dos
danos ambientais causados por sua operação irregular. “Estou feliz e tenho certeza de
que esse trabalho será realizado com sucesso”, afirmou.
De acordo com o coordenador-geral
do Clima do MCTI, Márcio Rojas, a expectativa do órgão é a realização de
trabalhos concretos para que a área seja recuperada. Ele destacou a importância
da parceria que possibilitou a contratação dos estudos e disse estar confiante
nos resultados.
O presidente da
Finatec, Armando Pires, destacou o papel de uma fundação de apoio na
solução de problemas que afetam a sociedade.
“É um honra e uma satisfação ter nossa equipe envolvida nesse estudo,
em área na qual já temos grande conhecimento acumulado. Agora é hora de fazê-lo
voltar à sociedade, o que é possível por meio da canalização de recursos”,
afirmou.
Participaram também
do lançamento dos estudos o subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos
Sólidos, Jair Vieira Tannus Júnior, e a subsecretária de Assuntos Estratégicos,
Alessandra Andreazzi Peresa, ambos da Sema, além da diretora do Centro de
Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Regina Silvério, do subsecretário de
Estruturação e Gestão de Projetos da Secretaria de Projetos Especiais do GDF,
Eduardo Amaral da Silveira, e da coordenadora do Projeto CITinova no GDF,
Nazaré Soares.
* Com informações da
Secretaria do Meio Ambiente
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