Pior que uma mentira é uma meia-verdade.
*João Marcelo Marques Cunha
O problema da Universidade de Brasília não
é gestão, nem expansão desordenada, mas descaso do governo federal em assegurar
suas plenas condições de funcionamento.
1. Entre os
anos de 2016 e 2018, os recursos destinados à manutenção (limpeza, segurança,
luz, água, refeições no Restaurante Universitário) da UnB passaram de R$ 379
milhões, em 2016, para R$ 229 milhões em 2018. Somente dos recursos vindos do
Ministério da Educação (MEC), houve redução de aproximadamente R$ 80 milhões
para essa finalidade.
2. Em 2017,
R$ 22,76 milhões não puderam ser empenhados por restrição de limite de empenho.
3. Bloqueio
de R$ 37,14 milhões dos recursos da LOA 2017, sendo R$ 18,96 milhões destinados
ao custeio da Instituição e R$ 18,17 milhões para investimento, com desbloqueio
apenas no fim do exercício, o que prejudicou o planejamento e a execução do
orçamento da Universidade.
4.
Impossibilidade de ampliação dos recursos na fonte de recursos próprios por
excesso de arrecadação, por conta da Emenda Constitucional 95 (PEC do Teto).
5. Com
relação a recursos de investimento, houve uma redução do orçamento de R$ 62,151
milhões, em 2016, para R$ 28,211, em 2017, sem contabilizar emendas
parlamentares. Somente da fonte Tesouro, os recursos caíram de R$ 47,151
milhões para R$ 8,211 milhões.
6. O deficit
da UnB estimado para 2018 está em torno de R$ 92 milhões, entre os gastos
previstos e a verba repassada.
7. Embora o
orçamento total da UnB de 2018 seja um pouco maior em relação a exercícios
anteriores, o valor disponível para o pagamento de suas despesas de manutenção,
bem como o montante destinado a investimento, representam apenas 15,2% do
total.
0 Comentários