Mercado de planos
odontológicos desafia a crise e o pessimismo
*Geraldo Almeida Lima
A crise
econômica tem afetado muitos setores. Entre eles, o automotivo e a construção
civil. Mas apesar dela, ainda têm aqueles que remam contra a maré – num sentido
positivo da metáfora. Felizmente, o setor de planos exclusivamente
odontológicos é um deles. Assim como setores de tecnologia e farmacêutico,
seguimos desafiando o pessimismo.
No fim da
primeira década do século XXI, o mercado brasileiro de odontologia surge como
um dos mais importantes no cenário mundial, de acordo com a introdução do
estudo “Planos odontológicos: evolução,
desafios e perspectivas para a regulação da saúde suplementar” sobre planos odontológicos da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS). Ao longo dessa jornada muitos avanços foram
conquistados – modéstia à parte, alguns pelo esforço do Sinog para a
consolidação e sustentabilidade do segmento odontológico.
Dados da Sala
de Situação da ANS apontam que em janeiro de 2018 mais de 23 milhões de pessoas
tinham cobertura assistencial dos planos exclusivamente odontológicos, sendo
18% individuais ou familiares. Este tipo de contratação, estabilizado neste
patamar, garante que o segmento fique menos exposto às oscilações do mercado de
trabalho formal, o que influencia diretamente nos planos coletivos
empresariais.
A
modernização das áreas comerciais e os novos produtos que vêm sendo
desenvolvidos pelas operadoras, como as plataformas digitais, por exemplo, onde
as interações entre o corretor e o consumidor podem acontecer por meio da
internet, também ajudam.
O próprio
consumidor tem se tornado um agente mais consciente na tomada de decisão para a
contratação desses planos. Entre 2016 e 2017, o número de beneficiários de
planos individuais aumentou 14,8%, enquanto o de planos coletivos empresariais
subiu 6,3%.
Esses números
impulsionam o mercado odontológico que, consequentemente, geram cada vez mais
oportunidades. Este é, sem dúvida, um fator que deixa o Sinog e toda a
comunidade de investidores, profissionais e pacientes, otimistas com a expansão
do mercado que é fundamental para a saúde suplementar.
Mesmo com
tantas vantagens, como os preços acessíveis e até a comodidade de adquirir um plano
online, ainda temos um gap de mais de 24,5 milhões de beneficiários
com planos médico-hospitalares a serem conquistados.
As mudanças
às quais necessitamos para a melhoria do mercado de planos odontológicos virão
do esforço conjunto e da certeza de que o diálogo entre os atores do setor –
agência reguladora, operadoras, prestadores, entidades representativas e
consumidores - é um caminho promissor para a construção de um futuro
comprometido com a promoção da saúde bucal da população.
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