O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens
brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com
o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado surgiram mais de 60 mil
novos casos da doença. Ainda assim, o índice de sobrevida desse tipo de câncer
chega a 96% e se apoia fortemente no diagnóstico precoce. Daí a importância de
campanhas que estimulem homens com mais de 50 anos a fazer anualmente exames de
toque e PSA.
Para a investigação de câncer de próstata, o exame de toque
não oferece altas taxas de sensibilidade quando realizado isoladamente. Por
outro lado, quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a
dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Por isso é tão importante conhecer
em detalhes esse exame laboratorial. Quanto maior o nível de PSA no sangue,
maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata. De acordo com o
médico urologista e ultrassonografista Leonardo Piber, do CDB Medicina
Diagnóstica, em São Paulo, é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se
submetam a esse simples rastreamento todos os anos.
Conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata
contribui muito para evitar negligência ou alarmismo, garante o médico.
Piber afirma que, quando a análise do sangue detecta
alteração importante, normalmente o médico do paciente solicita novos exames de
imagem para eventualmente diagnosticar o câncer de próstata em fase inicial, já
que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no começo.
Quando o toque retal e o nível de PSA apontam para o câncer
de próstata, Leonardo Piber diz que outros exames costumam contribuir para
chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A
ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização
exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”.
Independentemente dos exames que serão realizados, o médico chama atenção para
o fato de que inicialmente a doença costuma ser assintomática, ou seja, não
apresenta sintomas relevantes. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir
dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite),
urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir
dor persistente nas costas ou nos quadris.
Fonte:
Dr. Leonardo Piber, médico
urologista e ultrassonografista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo
(www.cdb.com.br ) e Membro Titular da
Sociedade Brasileira de Urologia e do Colégio Brasileiro de Radiologia e
Diagnóstico por Imagem.
Press Página Projetos
de Comunicação (Heloísa Paiva – Diretora de Redação)
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