Representantes do Ministério
da Saúde, associações e conselhos de saúde assinaram uma carta de compromisso
que estabelece estratégias para reduzir os casos de sífilis em mulheres
grávidas e bebês no Brasil. O objetivo é identificar a doença já no início do
pré-natal e começar imediatamente o tratamento com penicilina.
De acordo com o Ministério da
Saúde, as ações têm prazo de um ano para serem realizadas. Além do incentivo à
realização do pré-natal logo nos três primeiros meses de gestação, a idéia é
ampliar o diagnóstico pelo teste rápido, oferecer tratamentos oportunos às
gestantes e parceiros, além de incentivar à administração de penicilina
benzatina, considerada o único remédio seguro e eficaz para prevenir a sífilis
congênita.
As notificações de todos os
tipos de sífilis são obrigatórias no Brasil há pelo menos cinco anos. De acordo
com o Ministério da Saúde, os dados do Boletim Epidemiológico de 2016 mostram
que, entre 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve aumento de 32,7 por cento, a
sífilis em gestantes aumentou 20,9 por cento e a sífilis congênita aumentou 19
por cento.
Desde 2014, países de todo o mundo lidam com a
escassez de penicilina benzatina, porque falta matéria-prima para a sua
produção. Neste ano, o governo brasileiro adquiriu dois milhões e 700 mil
frascos do remédio, em caráter de emergência. A prioridade é para mulheres
grávidas e seus parceiros.
Fonte: Agencia do Rádio - Bruna Goularte
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