Fonte RP1
Comunicação
Um estudo recente
realizado pela Bain & Company com mais de 2 mil usuários de telefonia e 100
executivos de empresas de telecomunicações, analistas e investidores, detectou
que o mercado está dominado pela percepção de que a indústria sem fio está
marchando em direção à “commoditização”.
O mercado consumidor na América do Norte, por exemplo, está quase
saturado: 9 em cada 10 adultos norte-americanos
possuem um telefone móvel, sendo que 7 são smartphones e 95% das pessoas passam
de um prestador de serviços a outro.
LUTA POR MERCADO
A batalha entre as
telecomunicações sem fio se transformou nos últimos anos em uma verdadeira “luta por polegadas”, na qual, similarmente
à outros mercados consumidores maduros, as empresas disputam arduamente por
ganhos mínimos de Market share.
PREÇO x QUALIDADE
Com a
intensificação da competição das operadoras de telefonia móvel por
fatias de mercado, algumas das fontes tradicionais de diferenciação (tais como a qualidade da rede ou a seleção
de telefone) têm perdido qualidade e eficácia, tornando mais difícil para
as operadoras sustentar vantagens em relação aos concorrentes. Em alguns
mercados europeus, as empresas de telecomunicações já perderam essas fontes de
diferenciação, na medida em que esse tipo de mercado já está quase 100%
transmutado em commoditie.
As empresas
norte-americanas, por sua vez, estão começando a enfrentar esse processo: a
pesquisa realizada pela Bain &
Company com os consumidores de serviços de telefonia no país mostra que o preço está sendo mais importante do que
qualidade da rede e marca no momento de definir a utilização de uma operadora:
em suma, seja na forma de taxas mais baixas, subsídios de aparelhos ou
aquisições de rescisão antecipada, o preço está se tornando a principal fonte
de concorrência.
Outro ponto interessante levantado
pela pesquisa da Bain consiste em indicadores de que, apesar da predileção
pelos preços no momento de se afiliar a uma operadora, os consumidores
sem fio ainda têm necessidades não satisfeitas-e, mais importante, eles
aceitariam pagar mais para propostas de valor que se dispusessem a sanar
essas necessidades – indicador que revela um possível nicho que permite às
empresas escaparem à commoditização e fidelizarem um número maior de
consumidores:
Identificação de novas fontes de
valor em wireless: na pesquisa realizada pela Bain, 52% dos
usuários consultados afirmaram estar dispostos a pagar entre US$ 10 a US$ 20 a
mais por mês por um plano de telefonia que ofereça troca automática entre
as coneções wifi e 3G e a manutenção de sinal ininterrupto mesmo em áreas com
cobertura pobre.
Acesso prioritário sob demanda: 24% dos
entrevistados estariam dispostos a pagar entre US$ 2 e US$ 4 dólares a mais ao
mês por um plano que permita acesso à uma conexão de maior qualidade e
velocidade sob demanda.
Vídeos no celular: 13% dos
consumidores topariam pagar entre US$ 10 e US$ 20 dólares a mais em uma conexão
3G que permita o acesso a vídeos de alta qualidade, com possibilidade de
acesso ao conteúdo exibido na televisão.
Assistência Preditiva : entre 25% e
29% dos consumidores consultados aceitariam pagar entre US$ 25 e US$55 a mais
por mês para contar com assistentes personalizados que os auxiliassem a
resolver problemas de telefonia sem que houvesse necessidade de entrar em
contato com a operadora.
Caso
as operadoras analisem essas tendências de maneira a incrementar seus
oferecimentos de produtos e serviços, serão capazes de aumentar sua receita
média por usuário (ARPU), incrementando seus números de assinantes, reduzindo a
rotatividade e reforçando sua reputação além de meros provedores de
conectividade.
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