A presidente Dilma
Rousseff, disse indignada em pronunciamento que se sentiu injustiçada com a
decisão tomada pela Câmara dos Deputados de aprovar a continuidade do processo
de impeachment.
A presidente afirmou
que não cometeu crime de responsabilidade e, portanto, o processo contra ela
não tem base de sustentação para seguir adiante:
"Eu queria dizer para vocês que hoje, sobretudo, eu me sinto
injustiçada. Injustiçada porque eu considero que esse processo é um processo
que não tem base de sustentação. Não há crime de responsabilidade. Os atos
pelos quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes antes de
mim. Os atos, não são atos praticados para que eu me enriqueça indevidamente.”,
disse a presidente.
O processo de impeachment contra a presidente Dilma é baseado na denúncia de que ela teria cometido crime de responsabilidade ao ter praticado as chamas pedaladas fiscais, como é conhecida a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.
Durante o pronunciamento, Dilma também disse que não se pode
chamar de impeachment uma tentativa de eleição indireta. Ela acusou o
vice-presidente, Michel Temer, de
conspirar abertamente pela queda do governo:
“É estarrecedor que
um vice-presidente, no exercício do seu mandato conspire contra a presidente
abertamente. Em nenhuma democracia do mundo, uma pessoa que fizesse isso seria
respeitada.”
A presidente Dilma afirmou que vai continuar lutando pela democracia, assim como, segundo ela, fez durante a juventude, quando enfrentou a Ditadura. A presidente disse que tem convicção de está em curso um “golpe de Estado".
Fonte: ARB - Agência do Rádio Brasileiro (João Paulo
Machado)
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