Moro é o responsável por conduzir a Lava Jato em primeira
instância.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin enviou à
justiça do Paraná a parte da acusação pelo crime de organização criminosa
contra quatro integrantes do núcleo pemedebista no Congresso: o ex-presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha, os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, e o
ex-assessor especial da Presidência da República Rodrigo Rocha Loures.
Todos foram deputados federais e, dos quatro, apenas Loures
não está mais preso.
Fachin decidiu desmembrar a denúncia depois que a Câmara
barrou a investigação contra outros três caciques do PMDB: o presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e
o secretário-geral da Presidência, Moreira Franco. Junto com os ex-deputados,
os três fazem parte da mesma acusação, porém, para investigar Temer, Padilha e
Moreira Franco a PGR precisava do aval da Câmara, que em seguida seria
analisado pelo Supremo.
A parte da denúncia de obstrução à investigação de
organização criminosa envolvendo o empresário
Joesley Batista e o diretor-executivo
da JBS, Ricardo Saud, será encaminhada à Justiça Federal de Brasília. Temer
chegou a ser denunciado pelo mesmo crime junto com os dois. Como escapou de ser
investigado durante o mandato, só poderá sê-lo a partir de janeiro de 2018,
quando já estiver fora da presidência. O mesmo se aplica aos dois ministros do
seu governo.
A cúpula do PMDB na
Câmara dos Deputados é acusada de receber mais de R$ 350 milhões em propinas de
empresas.
(Agência do Rádio -
Hédio Júnior)
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