Consumidores
podem comprar plantas ornamentais direto do produtor
Com o
início das chuvas, muitas pessoas pensam em montar ou revitalizar o jardim. No
núcleo rural Rajadinha II, dez famílias produtoras estão com as portas abertas
para receber visitas agendadas até o dia
15 de novembro.
Elas
participam do Circuito Rajadinha —
proposta criada em 2014 pela Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) para
unir o turismo rural à venda de mercadorias da agricultura familiar.
A maior parte das
propriedades envolvidas produz flores e plantas ornamentais, mas também há
produção de orgânicos, agroindústria de panificados, artesanato, criação de
pássaros exóticos e até uma casa de chás. Consumidores podem marcar visitas com
um dos produtores participantes, conhecer a história e o trabalho de cada um,
além de agendar um café da manhã, almoço ou lanche em uma das propriedades que
fornecem esse serviço.
Para a engenheira agrônoma e
gerente do escritório da Emater-DF
em Planaltina, Bruna Beleosoff , o
circuito é uma oportunidade de o consumidor comprar diretamente do produtor,
com um custo menor, e ter um momento de lazer.
"As propriedades ficam a apenas 45 km do Plano Piloto. O passeio vale a pena. É possível encontrar moreia, hortênsias, bromélias, por exemplo. E mesmo em períodos em que economizar água é extremamente necessário, ainda é possível manter um jardim bonito. Há diversas opções de plantas que necessitam de pouca manutenção e água. Suculentas, lança-de-são-jorge, agave, yucca e patas de elefante são algumas opções que podem ser encontradas lá".
Bruna
Beleosoff
Emater-DF
O
CIRCUITO
Logo na entrada do circuito,
na margem esquerda de quem chega pela DF-130 vindo da zona urbana de Planaltina
(veja mapa abaixo), a família de Custódio
Fernandes da Silva, de 70 anos, dá as boas-vindas. Primeira do trajeto, a Chácara Flora Brasília tem como
carro-chefe a pata-de-elefante, espécie usada em ornamentação e de crescimento
lento, com o caule externo e semelhante à pata do animal. Na fase adulta, chega
à média de 5 metros de altura.
Mais adiante, é possível conhecer
a Chácara Nossa Senhora Aparecida,
onde Eunice dos Santos, de 55 anos,
cria e vende pássaros exóticos. São vários casais de periquitos australianos e
de calopsitas, além de filhotes. Ela começou a criação em 2012, com o auxílio
de profissionais do escritório da Emater-DF de Planaltina.
Para ampliar o negócio,
Eunice está no segundo crédito do Prospera DF, programa do Governo de Brasília
que concede empréstimos para investimentos em maquinários, utensílios e
insumos, por exemplo. Com o dinheiro, além de aumentar a capacidade do
criatório, ela e o marido, Ângelo Lopes,
de 53 anos, adquiriram máquinas e passaram a produzir ninhos.
A próxima parada do circuito
é o Sítio Florida, conhecido pela Casa de Chá em que a família Castiglioni serve um farto café
colonial para grupos agendados ou em datas comemorativas. Parte dos produtos
servidos é oriunda de produção própria, como o iogurte natural. No espaço,
também alugado para eventos, há um Museu do Leite. O proprietário do Sítio
Florida, Arnoldo Castiglioni, de 65
anos, começou a produzir queijo em 1980. A Casa de Chá veio depois, em 1997.
A família também trabalha com
floricultura. Em diferentes cores e tamanhos, as rosas-do-deserto são
cultivadas por Arnoldo Castiglioni, que importa da Tailândia as sementes.
Na reta final do roteiro, o
visitante pode parar na Freiman Jardins,
onde é possível comprar ou alugar plantas. A família também oferece serviço de
paisagismo.
Última das dez chácaras, a Isasbelas promove a integração. A dona,
Lázara Sousa, de 59 anos, oferece o
espaço de lazer — com churrasqueira, piscina, dois cômodos e jogos — para
aluguel. Em parceria com Ilcanã Bessa,
de 56 anos, moradora da região, incluiu o serviço de alimentação.
Outra que produz algumas
delícias é Ana Rosa de Oliveira, da
chácara Serra Linda. Ela faz panificados sob encomenda.
Fonte: Ascom EMATER